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Licenciada em Letras: Língua Portuguesa e Literatura Brasileira. Pós Graduada em Pedagogia Gestora

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Rio Grande do Sul, Brazil
Sou professora da rede estadual do Rio Grande do Sul,uma profissional apaixonada pela educação,atuo nas séries iniciais em uma turma de segundo ano e ministro aulas de Língua Portuguesa nas séries finais do Ensino Fundamental. Também trabalho a Arte, a Língua Portuguesa e as literaturas da Língua Portuguesa no Ensino Médio.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Artigo de opinião 2ª série EM Edilberto

O Preço do Fumo A cultura do plantio de tabaco em nossa região é a principal fonte de renda para os moradores das localidades do interior. Uma cultura que há anos domina nossa região, e que hoje está sendo pouco valorizada na hora da venda. O produtor de fumo passa o ano cultivando suas terras, enfrentando as mudanças climáticas, e torcendo para que elas não prejudiquem o produto final. Tendo em vista que nesta safra houve uma grande queda na produção ocasionada pelas tempestades de granizo, ventanias e pela seca que atingiram várias plantações de fumo em diversas localidades de nosso município. A princípio, com a diminuição da colheita, era previsto que o valor do fumo fosse satisfatório ao produtor, no entanto não é isso que está acontecendo. Após ficar a maior parte do tempo envolvido nesta prática, o produtor quando leva seu produto para vender nas empresas fumicultoras, descobre que seu trabalho não foi reconhecido, pois as empresas rebaixam o que podem a classe do fumo, e os produtores são quem pagam o “pato”, pois veem sua safra sendo vendida a preço de “banana”. As empresas alegam que não podem pagar mais que aquele preço, ou que a classe do fumo foi prejudicada por algum motivo, seja ele ocasionado como já falei antes pelo clima, ou por não souberem fazer a secagem corretamente, enfim, sempre arrumam uma desculpa para rebaixarem o preço do fumo. Na verdade, as empresas querem somente ganhar dinheiro à custa do produtor, elas não se importam se o produtor vai sair prejudicado, só se importam com seu faturamento. O que acontece é que o produtor acaba trabalhando somente para pagar suas contas no final do mês, e quase não sobra dinheiro para o lazer. Foi feito um reajuste na safra, porém as empresas não cumprem o previsto, e acabam pagando o mínimo possível para o trabalhador. Enfim, o trabalho de um produtor de fumo, que acorda todo dia cedo para trabalhar, aquele que ganha o seu sustento e o de sua família com esta cultura que é tão cansativa e complicada, e que também prejudica nossa saúde com o uso dos agrotóxicos, deveria ser notavelmente reconhecida, pois o preço que está sendo pago no momento é uma vergonha, o mínimo possível para uma família viver com dignidade. Edilberto Róis A. da Silva

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